quarta-feira, 20 de abril de 2011


Dragão do mar
Meu verso ascende
E se transcende
Em sua idílica redenção
Encanta o povo
Encanto novo
Verte a vida em oração

Meu verso é pouco
Um tanto rouco
Não se despede enquanto sede
Aos clamores da paixão

Não se despensa o pensamento,
Invento em esteio de vigia
O que me joga pelo vento
Que em riste vinga a poesia

Meu verso almeja sonhos
Que não se deixam povoar
Meus sonhos sem segredos
São tão temíveis
Que eu não insisto em revelar

Meu verso é bem extenso
Caminha em duas vias
Uma que vem de dia
Traz alegria no coração
A outra já vem de noite
Aos vãos murmúrios da solidão.

Entre tanto, pouco é o que me resta.
Lábios pr’além da boca que não presta,
Que não da trégua
Aos sentidos de ser
O que sou eu amor

E o que tem de dor e que não resta,
Invento um sonho para sonhar
Ao som do amor
que me ilude
traz a miúde
O Dragão do mar
Helder e Vinicius / 2005.

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