Dragão do mar
Meu verso ascende
E se transcende
Em sua idílica redenção
Encanta o povo
Encanto novo
Verte a vida em oração
Meu verso é pouco
Um tanto rouco
Não se despede enquanto sede
Aos clamores da paixão
Não se despensa o pensamento,
Invento em esteio de vigia
O que me joga pelo vento
Que em riste vinga a poesia
Meu verso almeja sonhos
Que não se deixam povoar
Meus sonhos sem segredos
São tão temíveis
Que eu não insisto em revelar
Meu verso é bem extenso
Caminha em duas vias
Uma que vem de dia
Traz alegria no coração
A outra já vem de noite
Aos vãos murmúrios da solidão.
Entre tanto, pouco é o que me resta.
Lábios pr’além da boca que não presta,
Que não da trégua
Aos sentidos de ser
O que sou eu amor
E o que tem de dor e que não resta,
Invento um sonho para sonhar
Ao som do amor
que me ilude
traz a miúde
O Dragão do mar
Helder e Vinicius / 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário